sexta-feira, 19 de junho de 2015

Fim...






Sou escravo do tempo finito,
Um bocejo de alma lacónico
Que se consome num só grito,
Zunido boémio, sentido Irónico.
O espírito lento não se eleva acima
Da mesquinhez do corpo mórbido,
Repete-se em torno da estúpida rima
Que alimenta este insecto sórdido.
Fechei-me num buraco bafiento
Como pedra dura de larvas coroada,
Contemplo por dentro o fim do tempo,
De olhar sereno e alma ventilada…


P.A.