“Gostava de morar na tua pele desintegrar-me em ti e reintegrar-me não este exílio escrito no papel por não poder ser carne em tua carne.
Gostava de fazer o que tu queres ser alma em tua alma em um só corpo não o perto e o distante entre dois seres não este haver sempre um e sempre o outro.
Um corpo noutro corpo e ao fim nenhum tu és eu e eu sou tu e ambos ninguém seremos sempre dois sendo só um.
Por isso esta ferida que faz bem este prazer que dói como outro algum e este estar-se tão dentro e sempre aquém”.
2 comentários:
Estas palavras não precisam de foto, nem de mais nada, são por si só um imenso oceano de água tranquilas.
1 beijo
“Gostava de morar na tua pele
desintegrar-me em ti e reintegrar-me
não este exílio escrito no papel
por não poder ser carne em tua carne.
Gostava de fazer o que tu queres
ser alma em tua alma em um só corpo
não o perto e o distante entre dois seres
não este haver sempre um e sempre o outro.
Um corpo noutro corpo e ao fim nenhum
tu és eu e eu sou tu e ambos ninguém
seremos sempre dois sendo só um.
Por isso esta ferida que faz bem
este prazer que dói como outro algum
e este estar-se tão dentro e sempre aquém”.
Manuel Alegre
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