A chuva a quem pertençe?
No lugar da chuva ausente
Outra coisa há que vence
pela janela de quem sente
Não há árvores nem sombras
mas nada não pode haver
Mesmo espectros de ondas
ardem nos olhos de ser
parece resumir a vida
Na origem e tamanho
Como a criança intuida
E se a vida é um estado precário
que insiste numa grande trama
esqueçamos esse preçárioE brindemos a quem nos chama
Tudo pertença a ninguém
Na consumação ancestral
E arrefecida que retém
Um espanto de cristal.
P.A.
2 comentários:
Paulo
Mais uma fotografia muito boa!
Dá-me imensa vontade de escrever para ela :).
Gostei muito do poema , mas falo dele noutro dia, porque hoje já é muito tarde...
1 Beijo
... a chuva não pertence a ninguém... é de todos, como o ar!...
Fotografia muito, muito bonita
Beijos :)
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