domingo, 28 de novembro de 2010

Não esperes




Não esperes encontrar
Magras ilusões de cão
Quantas penas de falcão
Te hão-de sempre abalar

Não esperes que se rendam
sublimes manchas de infância
Correrás para que te prendam
Tais manchas de inconstância

Se por fim esperas perfilar
aspirações que há no ser
Procuras então reacender
O que não vais encontrar.

P.A.

5 comentários:

Mª Augusta disse...

Paulo

Que fotografia espetacular!!!!
Tem umas cores maravilhosas. E o teu olhar foi, como sempre, muito perspicaz, atento e sensivel.
O poema é bonito, mas triste! No entanto está em consonância com a imagem,os dois constituem um todo harmonioso

1 beijo

Anónimo disse...

Sérgio

Gostei muito de ver que escreveste dois dias seguidos!!! Aproveita a embalagem para não parares mais!
As fotografias são lindíssimas. Amanhã, quero ver cá outra, é que eu... não espero ;)

Beijo grande

Anónimo disse...

Nabo, Nabo, Nabo............
Que belas fotografias.
Lindos textos.
Como sempre....a perfeição.
Parabéns.

1 Beijo
Naba

Sara disse...

Inspector

Há dias, de facto, em não espero nada de ninguém e, de mim própria, ainda menos... A cabeça baixa do miúdo da fotografia espelha esse mesmo sentimento de desistência, de rendição perante a implacável e fria dor de nada esperar dos outros, de nós próprios e da própria vida!

A fotografia é simplesmente genial!

1 beijinho

Joana disse...

Paulo

Só queria uma infima parte desse mar para nele poder mergulhar e por lá ficar até que alguém sentisse a minha falta e mergulhasse também, atrás de mim, para me resgatar...
Lindo, lindissimo azul...

Beijo de mar