quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

De feição lunar



De feição estranha e lunar
É o rosto ao adejar da luz
Um sonho claro a declinar
Que outra realidade produz

Uma coisa que se sente
No intervalo de crenças
De face lunar pendente
Iluminada de parecenças

O rosto traz parecenças
Vazias e traços inefáveis
E outras razões extensas
Em intervalos admiráveis

A lua de feição estranha
Que olha pelos versos
Na luz de uma entranha
Em fios dispersos

Grande face iluminada
No nulo da janela lunar
Recriar a grande morada
Antes do acto de pensar

Pensar tão só de nostalgia
Que tudo chega a ser nada
Por uma luz que se antevia
Na perdição desta morada

 P.A.

1 comentário:

Rolanda disse...

Paulo

Só mesmo os teus olhos...para verem assim, tão MAIS LONGE!...


Beijinho