sábado, 17 de setembro de 2011

Ser gato






Deixem-me sem ruído
Que o andar lento
Passe por trás esquecido
Do meu ser atento


Atento na plenitude
E serenidade desta luz
Pardo gesto de virtude
Que esta leveza seduz


Estará descontraída
Ou minha alma túrgida?
Se é sonho não sei
Pelo sono a soltei.


Irá leve como um sopro
Minha alma em outro?
Talvez viagem no expresso
Alma outra sem regresso.


Minha alma tem esta forma
Sem forma que a torna
Num ser feliz de bom trato
Porque eu quero ser gato

P.A.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu às vezes também sou gato...identifico-me com esse bichano preto que está na fotografia:)

Abraço

Alice disse...

Ser gato é ter um pestanejar lânguido e olhos de mel;
Ser gato é enroscar-se e fazer o ninho no colo de quem o ama;
Ser gato é ser felino até ao âmago e até ao fim...

Aqui fica uma singela contribuição para o teu poema:))

Abraço