quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Filhos do tempo






Dias e noites vitais
Remoinhos sãos
Pensamentos irreais
Reais e pensadas mãos.

A terra e seus caminhos
Puras as horas se mantêm
Sem conhecerem espinhos
Que de outra morte vêm.

O finito tempo tece
Razões envenenadas
Que o pensamento
Desconhece senão
Em amargas horas
Paradas…

A morte do outro
É a indecisão de ser
Porque nele permaneço
Entre olhar e não ver
Vivo ou desapareço.

Estou velado ao ser
Que há em mim
E a morte do outro
É o meu fim…

P.A.

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