quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Outro nada






Madrugada sem nada como o espelho
A que me assisto também sem nada,
Antes das palavras e dos gestos que
Que não chegam a ser o que são por
Indefinição minha e de tudo o resto,
Antes mesmo de qualquer luz entre
O nada e outra coisa que se produz
À superfície dos sentidos, e se perde
Sem lugar no espelho do nada,
Como a madrugada desta condição
De estar a olhar-me sem razão.


P.A.

Sem comentários: