A ponte estende-se diurna
numa imagem conhecida
da margem ressentida
que a memória tráz taciturna.
Há os habitantes dessa fuligem
parda entre paredes
que o dia por vezes
crava em perdição e vertigem.
Centelhas de cigarros no escuro
a assinalar o entrave
da vida no fumo suave
que sobe disperso junto ao muro.
São os habitantes sob a avenida
que a morte não enche
mas a outros preenche
no medo da madrugada sentida.
Prostrados às portas da expectativa
como a razão amarga
que o álcool retarda
no esforço da memória repetida.
numa imagem conhecida
da margem ressentida
que a memória tráz taciturna.
Há os habitantes dessa fuligem
parda entre paredes
que o dia por vezes
crava em perdição e vertigem.
Centelhas de cigarros no escuro
a assinalar o entrave
da vida no fumo suave
que sobe disperso junto ao muro.
São os habitantes sob a avenida
que a morte não enche
mas a outros preenche
no medo da madrugada sentida.
Prostrados às portas da expectativa
como a razão amarga
que o álcool retarda
no esforço da memória repetida.
P.A.
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