A incerteza da razão
Sente-se por pertoSe guardas uma intenção
Sob o céu encoberto
E delicadeza dos ombros
Que se abate num suspiro
Entre mar de escombros
E olhar indeciso.
A lógica do amor
Perde-se no egoísmo
De um beijo incolor
E um simples silogismo
De braços caídos
A pouca distância
De sonhos vencidos
Sem grande importância.
Mas a clareza dos sentidos
Toca-se na luz ausente
Se soltas uma confissão
Como um astro transparente
E furor do teu rosto
Que se abre em sorrisos
Entre a brisa escalada de Agosto
E lábios de cobre concisos.
É assim que te sinto
Longe aqui ao meu lado
Neste estranho labirinto
De prazer desencontrado
Onde o amor é saudade
Quando foge e se admira,
Paixão da verdade
Razão da mentira.
P.A.
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