Para que servem palavras escritas
sem um Deus mudo de sentido,
governando entre linhas interditas
pela hora gasta do poema exigido?
Se há fundo de ser não conhecido
para que vivemos enfeitados,
é um qualquer Deus requerido
na hora que somos chamados.
As palavras ditam-se pela impossibilidade
de as remetermos para outro lugar
que não seja a possível verdade
de não haver lugar para encontrar.
Escrevo na impossibilidade de viver,
no jogo que o possível exaure e abre
como um outro Deus para entreter
e que por gozo ninguém sabe.
P.A.
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